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Ervilha
Pisum sativum popularmente chamada de ervilha. É uma planta (legume) da qual existem várias variedades, e de suas vagens são extraídos diversos tipos de grãos. Em algumas regiões de alguns países é costume utilizar os grãos e as vagens como alimento, quer na forma de sopa (grãos ou vagem) ou como salada (grãos ou vagem). O seu consumo contribui para uma dieta equilibrada pois constituem uma fonte de fibras.
Origem
Pensa-se que a ervilha teve a sua origem na Ásia Central e na Europa e tem sido consumida pelo homem a milhares e milhares de anos.
Variedades e características
As variedades da ervilha dependem da forma, tamanho, cor da semente e da precocidade da planta:
- Negret: planta pequena, bainha ligeiramente curvada, grão redondo com superfície lisa mas com covinhas;
- Aureola: planta anã, grão redondo liso com covinhas;
- Lincoln: altura média, bainha suavemente curvada, grão cilíndrico e enrugado;
- Voluntario: altura média, bainha suavemente curvada, grão oval, liso com covinhas;
- Asterix: altura média, bainha suavemente curvada com a extremidade truncada, verde escura, grão cilíndrico enrugado;
- Allegro: ciclo precoce, planta de altura média, grão redondo liso com covinhas;
- Telefone: grão ovalado enrugado de tamanho grande porque a bainha tem um grande desenvolvimento, sobretudo nas plantas de pequeno tamanho;
- Televisão: bainha curvada com extremidade em ponta, cor verde-escuro, grão irregular oblongo e de casca enrugada;
- Tirabeque: espanhol, se come bainha e grão: bainha muito curvada e longa, grão grosso oval liso com covinhas; também chamado “cappuccino”;
- Mangetout: de bainha amarela;
Solos e climas acessíveis
Solo
O ideal é que o solo seja arenoso, bem drenado, fértil, rico em matéria orgânica, com pH entre 6 e 6,8.
Existe uma simbiose entre a ervilha (e outras leguminosas) e algumas bactérias do gênero Rhizobium, que fixam nitrogênio atmosférico no solo. Desta forma a planta é suprida com o nitrogênio que necessita e ainda pode deixar o solo mais rico em nitrogênio após o fim de seu ciclo de vida. Para garantir que haja esta simbiose, as sementes podem ser inoculadas antes da sementeira com inoculantes específicos para a ervilha.
Clima
A ervilheira cresce melhor quando a temperatura permanece na faixa de 13°C a 18°C. As plantas bem desenvolvidas podem suportar temperaturas em torno de zero graus Celsius, mas a floração é prejudicada por geadas. Deve ter em atenção que as temperaturas demasiado elevadas (acima dos 27 graus) impedem o crescimento das vagens e o respetivo florescimento das ervilhas e isso prejudica gravemente a sua produção. Por outro lado, deve optar por realizar a plantação de ervilhas no início da Primavera, logo após o final das geadas de Inverno, pois esta é a melhor altura para o desenvolvimento das vagens e de ervilhas saudáveis.
Pragas e doenças da ervilheira
Pragas
Praga
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Sintomas
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Danos causados
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Medidas de controlo
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Medidas de prevenção
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Ratos
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-atacam as sementes após a sementeira;
-ataca o produto obtido após a maturação;
-corta o caule por baixo a panícula;
-ataca as plantinhas a seguir a emergência;
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-contaminam os alimentos;
-atentam a saúde da planta;
-diminuem a produção;
-atentam a saúde dos consumidores;
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-raticidas;
-combate químico;
-uso de iscas;
-não matar os predadores dos ratos os mochos, cobras;
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-armadilhas;
-uso de gatos nos celeiros;
-sachar o campo
-rotação de culturas;
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Pássaros
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-tiram os grãos na fase de maturação;
-são mais atacadas as fachas de maturação precoce;
-vagens com furos;
-folhas rasgadas;
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-diminuem a produção;
-há uma redução da quantidade do produto para a sementeira seguinte;
-atentam a saúde do homem;
-as vagens são perfuradas com o bico do pássaro;
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-avicidas;
-uso de gel repelente;
-uso de repouso;
-uso de espiculas;
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-uso de pessoas;
-uso de espantalhos;
-semeiar cedo para evitar que a as vagens sejam atacadas na época de maior abundância de pássaros;
-prática de rotação de culturas;
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Lagarta das vagens
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-aparece após a floração;
-ataca as plantas nos primeiros dias quentes da primavera;
-folhas atacadas;
-penetram nas vagens e atacam as sementes;
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-atacam as vagens;
-atacam os grãos;
-ataca as nodosidades bacterianas da raiz;
-ataca os rebentos;
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-Polivalente concentrado;
-Insecticida Granulado;
-uso de BHC;
-uso de organofosforado trclorfon;
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-rotação de culturas;
-predadores naturais;
-uso de variedades resistentes;
-realizar inspeções semanais nas culturas;
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Percevejo verde
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-má formação dos grãos;
-aparece após a floração;
-alimentam-se da seiva;
-formação de grãos manchados
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-enfraquecimento da planta;
-retenção foliar;
-injurias nos grãos;
-grãos chochos;
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-inseticidas;
-uso de alcaloides;
-uso do óleo de nim;
-pulverização;
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-rotação de culturas;
-utilização de variedades resistentes;
-inspeções semanais nas culturas;
-predadores naturais;
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Tripes
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-atacam as mudinhas;
-vagens encarquilhadas;
-vagens com manchas prateadas;
-sugam a seiva;
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-folhas retorcidas;
-transmissão de vírus para as plantas;
-morte da planta;
-folhas amareladas;
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-cortar as vagens atingidas;
-utilizar inseticidas registrados apenas para a cultura da ervilha;
-Metil carbonato de fenila;
-Cloridrato de formetano;
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-rotação de culturas;
-inspeção do cultivo;
-pulverizações preventivas;
-utilização de variedades resistentes;
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Traça da ervilha
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-ataca os brotos novos;
-atacam o parênquima foliar;
-penetram nos ápices das hastes;
– penetram nas vagens;
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-formam minas nas folhas;
-alimentam no interior das folhas;
-destroem a ervilheira;
-facilitam a contaminação de patogenos;
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-Insecticidas;
-uso de Metsmidophos;
-uso de Bethylidae;
-uso de Parathion metyl;
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– Limpar os novos rebentos;
-pulverizar os novos rebentos;
–rotação de culturas;
– Utilização de variedades resistentes;
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Pulgões
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-ataca os brotos novos;
-as plantas apresentam-se pegajosas ao tacto;
-colonizam as folhas;
-colonizam os botões com flor;
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-sugam a seiva das folhas;
-as folhas murcham;
-segregam uma substancia açucarada sobre a qual podem surgir fungos saprófitos;
-sugam a seiva dos ramos;
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-Insecticidas seletiva a ervilha;
-Acetamiprimido;
-Imidacloprido;
-Tiametoxan
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-pulverizar os novos rebentos;
-rotação de culturas;
-limpar os novos rebentos;
-utilização de variedades resistentes;
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Ácaros
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-crescimento distorcido;
-deixam minúsculos buracos;
-comem a superfície da clorofila;
-deixam manchas brancas onde sugaram a seiva;
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-produzem fios nas folhas;
-as plantas não crescem;
-as folhas secam;
-estragam rapidamente uma cultura;
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-acaricidas;
-usar o tira No-Pests;
-Aumentar a humidade no nó;
-Usar o óleo de Neem;
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-Escolha de melhor época de sementeira;
-rotação de culturas;
-utilização de variedades resistentes;
-uso de predadores naturais;
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Doenças
Doença
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Sintomas
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Danos Causados
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Medidas de Controlo
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Medidas de Prevenção
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Oídio
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-ocasiona a formação de uma massa branca pulverulenta sobre as folhas;
-as folhas afectadas adquirem cor amarela;
-as folhas afectadas podem morrer;
-a parte inferior das vagens apresenta uma mancha tipo queimadura de sol;
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–a planta morre;
-as folhas caem;
-as flores caem;
-a planta enfraquece;
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-fungicidas;
-destruir as plantas atacadas;
-tratamentos fitossanitários;
-usar uma solução de 5% de leite cru de vaca e 95% de água;
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–rotação de culturas;
-uso de variedades resistentes;
-uso de boas práticas culturais;
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Podridão do Colo
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–manchas escuras no colo;
-manchas encharcadas no colo;
-manchas na raiz principal;
-podridão cortical;
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-desfolhação dos ramos;
-murchamento da planta;
-seca total da planta;
-podridão das vagens;
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-fungicidas;
-tirar as plantas atcadas;
–aração profunda com trombamento da leiva;
–fumigação com brometo de metila;
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–rotação de culturas;
-tratamento das sementes;
-destrucao de resíduos de colheitas;
-adubação com fontes amoniacais de nitrogénio e nitrato de cálcio;
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Ascoquitose
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-pequenas lesões foliares;
-bordos escuros;
-bordos com a parte central mais clara;
-lesões nas vagens;
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–
–
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-fungicidas;
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–rotação de culturas;
– uso de sementes sadias;
-solo bem drenado;
-eliminação de restos culturais;
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