Europa no século xv: o feudalismo e o surgimento do capitalismo
O regime feudal
No final do século XIV, predominava na Europa um sistema económico e social chamado feudalismo. esse sistema que predominou, durante a idade média, era caracterizado por possuir uma economia rural, no trabalho dos produtores e imediatos, isto, Os Pequenos produtores que trabalhavam para sua sobrevivência.
Os produtores de imediatos eram os servos ou camponeses, Que trabalhavam pequenas extensões de terra usando instrumentos de trabalho primitivo e os artesãos (ferreiros, Carpinteiros, sapateiros e outros) que possuíam pequenas oficinas domiciliares, onde para além dos Próprios artesãos (mestres) trabalhavam também os aprendizes. este ( camponeses e artesãos) constituíam a classe exploradora do feudalismo.
Tanto os Camponeses como os artesão, não eram donos, nem terra nem dos instrumentos que usavam para a produção, esses instrumentos eram alugados a uma classe mais poderosa que era a dona de Grandes propriedades – senhorios – e dominava o sistema feudal, a nobreza ( senhores feudais os senhores da terra) e altos membros do clero que no seu conjunto constitui a classe exploradora do feudalismo.
A nobreza
Reis, duques, marqueses, viscondes, barões e cavaleiros habitavam os castelos que eram, Ao mesmo tempo, residência e núcleo de defesa contra os ataques de inimigos.
Os nobres ocupavam o seu tempo em treinamentos no uso de armas ( espada, lança e escudo), em torneios, duelos e caçadas, Utilizando cães e cavalos amestrados, símbolo de pompa e riqueza. muitos levavam uma vida de Ócio, ocupando parte do tempo em festas e banquetes.
O clero
O clero desempenhava um papel relevante na sociedade feudal. era constituído pelo alto clero ( bispos, arcebispos, cardeais e priores) e pelo baixo clero (padres e curas das freguesias).
Detentores da Cultura numa sociedade profundamente religiosa, assumiam-se como os únicos e legítimos intérpretes da palavra de Deus.
A igreja procurava legitimar o modo de agir das três ordens sociais, afirmando que Deus tinha distribuído tarefas específicas a cada homem e que, portanto, uns deviam rezar pela salvação de todos (o clero), e os outros deviam lutar para proteger o povo temente a Deus ( a nobreza) e outros diziam alimentar, com seu trabalho, aqueles que oravam e guerreavam ( os camponeses).
O povo
as despesas da nobreza e do clero eram assegurada pelos pesados tributos pagos pelo povo. numa época em que a segurança, o banditismo e a pilhagem eram práticas correntes, Não restava outra hipótese aos camponeses Livres senão Entregaram-se a protecção de um nobre poderoso, assegurando a sua subsistência em troca do trabalho nas terras do senhorio.
Gradualmente, esses camponeses semilivres ficando cada vez mais vinculados à terra que trabalhavam, ou seja, tal como a terra, eles eram propriedades do senhor para que trabalhavam.
Também nas cidades, a insegurança, as epidemias e a falta de bens de primeira necessidade fizeram com que os mais pobres se protegessem nas propriedades dos grandes senhores, juntando-se ao grupo social dos servos da gleba (presos a terra). a idade Média na Europa caracteriza-se pela ruralização da sociedade. assistiu-se a uma fuga de pessoas das cidades para os campos com o agravamento das condições sociais do povo.
Os que trabalhavam a terra de um senhor recebiam em troca uma humilde moradia, um pequeno terreno adjacente, alguns animais de granja e a garantia de protecção contra o banditismo e a pilhagem, em contrapartida, deviam entregar quase toda a sua produção ao senhor, estando sujeitos a muitas outras obrigações e impostos, com as que eram cobradas pelo uso de moinho e das alfaias agrícolas.
domínio senhorial e a dependência dos camponeses
as grandes propriedades senhoriais – senhorios – estavam entregues nobres ou a altos membros do clero, que nelas exerciam um certo número de <<poderes senhoriais>> – administrativos, em que a terra era a principal fonte de riqueza, de prestígio de poder, os historiadores dão o nome de sociedade senhorial.
em geral, cada senhor, quando poderoso, possuía vários domínios ou grandes propriedades rurais; porém, vivia sempre no mais vasto e produtivo, (…) aí estava instalado o castelo ou a habitação senhorial, o moinho, o forno, o lagar, o celeiro e as cavalariças.
A outra parte estava dividida em pequenas parcelas (…). Cada uma das parcelas era explorada por uma família de camponeses (colonos), que viviam na dependência do senhor, Estes tinham o direito a explorar a terra e a guardar para si uma parte da sua produção. em contrapartida pagavam ao senhor uma renda em dinheiro ou em géneros e prestavam de serviços