Sistema excretor e a sua evolução
Introdução
Caro leitor, o presente trabalho que agora encontra se nas suas mãos dedicou se na abordagem de conteúdos relacionados com sistema excretor. Bem como sabeis todos os mecanismos vitais, apesar de sua diversidade, têm apenas uma finalidade, a de manter constantes as condições de vida no ambiente interno”. Todos os organismos vivos, mantêm, em grau maior ou menor, o estado interno constante, em equilíbrio dinâmico, o que se compreende por homeostase, independente dos extremos do ambiente externo.
Pois bem alem de todos mecanismos que já vimos, há ainda alguns mecanismos homeostaticos importantíssimos que precisamos saber. Eles estão relacionados a manutenção do equilíbrio dos líquidos corpóreos, como o plasma, a linfa e os líquidos intercelulares, no caso dos vertebrados.
Referir desta forma o papel do sistema excretório “eliminar os resíduos das reacções químicas que ocorrem dentro das células, no processo de metabolismo. Dessa maneira, muitas substâncias que não são aproveitadas no organismo, principalmente as tóxicas, são excretadas do corpo”.
Sistema excretórioe a sua evolução
As esponjas e os cnidarios não apresentam órgãos de excreção. Eliminam os seus produtos de excreção por difusão através da superfície da pele em contacto com a água. Pouco a pouco, foram surgindo, nos invertebrados, órgãos especializados para a excreção.
Como foi visto sobre Sistema Digestivo, as substâncias que não são absorvidas “para dentro” de nosso organismo são eliminadas pelas fezes, ou seja, são excretadas, isto é, jogadas para fora do organismo.
Já estudamos que o metabolismo (degradação) dos carboidratos e lipídicos geram CO2e H2O. O CO2 é eliminado pelos pulmões enquanto a água é em grande parte conservada dentro de nosso organismo, sendo eliminada uma pequena parte dela através da urina, suor, expiração, etc. Como o processo metabólico ocorre com todos os compostos moleculares existentes nos seres vivos, devemos lembrar que as proteínas geram catabólitos (resíduos oriundos do metabolismo) que precisam ser eliminados. Esses catabólitos são eliminados através dos sistemas excretores cujo representante principal é o sistema urinário, porém a pele, através das glândulas sudoríparas e os pulmões também participam activamente desta função.
Assim a eliminação dos catabólitos nitrogenados, ou seja, os produtos gerados a partir do metabolismo das proteínas (os aminoácidos, que constituem as proteínas possuem um grupo amina: NH2) como a amónia, ureia, ácido úrico, uratos, serão excretados através do suor (glândulas sudoríparas) e da urina (pelos rins).
Neste trabalho será estudado a anatomo-fisiologia renal que constitui o principal sistema excretor dos vertebrados.
HOMEOSTASE
É o estado de equilíbrio ou de estabilidade fisiológica que caracteriza os organismos vivos. Como visto anteriormente na introdução, o famoso filósofo francês Claude Bernard disse: “Todos os mecanismos vitais, apesar de sua diversidade, têm apenas uma finalidade, a de manter constantes as condições de vida no ambiente interno “. Todos os organismos vivos, mantêm, em grau maior ou menor, o estado interno constante, o que se compreende por homeostase, independente dos extremos do ambiente externo. As actividades reflexas do sistema nervoso e os hormónios do sistema endócrino constituem as bases do controle da homeostase. Todas as partes do corpo dos animais, em todas as fases do crescimento e da reprodução, encontram-se sob sua influência. A situação, mesmo no animal mais simples, é tão complexa e pouco compreendida, que os processos de regulação são, geralmente, tratados de modo fragmentário, em termos de alguns aspectos facilmente mensuráveis e não como um todo integrado. A pressão osmótica, a concentração de iões de hidrogénio e a temperatura são três desses aspectos e cada um deles relaciona-se intimamente com a água.
OSMORREGULAÇÃO
É o processo de regulação da quantidade de agua em nosso organismo. A água é ingerida juntamente com o alimento e, em formas aquáticas, entra até certo ponto por absorção. O protoplasma é o solvente e o transportador universal e nenhum organismo pode prescindir desse líquido essencial. Por sua propriedade de difundir-se através de membranas, a água é o veículo para a manutenção do estado constante. Os líquidos do corpo de todos os animais são semelhantes entre si. A regulação da pressão osmótica é simples para a maioria dos invertebrados marinhos de corpo mole (cartilaginosos), porque seus líquidos do corpo encontram-se em equilíbrio (são isotónicos) com a água que os circunda; as pressões são iguais interna e externamente e este equilíbrio é mantido graças a sistemas especiais de controlo osmótico existente no organismo desses animais. A água doce contém apenas cerca de um centésimo da concentração salina da água do mar. Os líquidos do corpo dos animais de água doce têm conteúdo salino superior ao do meio circundante (hipertónicos) e a água tende a difundir-se para dentro; o excesso é eliminado de diversos modos. Os protozoários o fazem por meio dos vacúolos pulsáteis, geralmente ausentes nas formas marinhas. Outros animais de água doce têm nefrídios, tubos de Malpighi ou rins para excretar o excesso. Esse trabalho de excreção necessita de energia, o que se comprova pela taxa respiratória mais alta dos animais de água doce em comparação com espécies marinhas afins.
Osmorregulação em animais aquáticos: os vertebrados aquáticos mantêm o equilíbrio osmótico de diferentes maneiras, de acordo com sua história evolutiva. Nos peixes ósseos, as formas de água doce têm conteúdo salino maior que o do ambiente (hipertónicos), o inverso ocorre, porém, com as formas marinhas (hipotónico). A água entra, nos peixes de água doce, pelas membranas semipermeáveis das brânquias e da boca, ao passo que tende a deixar o corpo nas formas marinhas. Nas formas de água doce, o excesso de água é excretado pelos rins e os sais são mantidos nas concentrações apropriadas pela absorção por células especiais das brânquias. Nas espécies marinhas, a deficiência é evitada pela deglutição e absorção de água do mar, juntamente com os sais, pelo intestino. O excesso de sais é eliminado por células secretoras das brânquias. Os rins dos peixes de água doce têm glomérulos bem desenvolvidos, para filtrar grandes quantidades de água, mas nas formas marinhas os glomérulos são reduzidos e pouca água é eliminada sob forma de urina. A enguia, o salmão e outros peixes migradores vivem, de modo alternado, na água doce e na salgada; possivelmente seus glomérulos não sejam funcionais no mar. O sangue dos peixes elasmobrânquios (tubarões e raias) tem, aproximadamente, o mesmo conteúdo salino que o dos ósseos, mas contém, também, até 2% de ureia. Esta aumenta a pressão osmótica dos elasmobrânquios marinhos até pouco acima da do ambiente, de modo que a água tende a entrar e não a sair, como nos peixes ósseos marinhos. A uréia, nos elasmobrânquios, é retida por um seguimento absorvente especial do túbulo renal e as brânquias são impermeáveis a ela.
Seres acelomados
Nos seres acelomados como os platelmintes, encontramos órgãos especializados (protonefrideos), bastante diferente dos sistemas excretor humano.
Protonefrideos são órgãos urinários encontrados principalmente nos seres mencionado anteriormente exemplo (planaria). Ele consiste basicamente de um ou mais tubos ramificados que terminam em um pequeno saco ou fundo cego, no interior do qual se encontra uma célula-flama. A célula-flama é assim chamada por causa da presença, em seu interior, de um tufo de cílios que ficam permanentemente em movimento. A presença desses cílios em movimento confere as células-flama uma aparência e efeito que lembra o de uma chama trémula. Cada conjunto formado por um tubulo e uma célula-flama é considerado um protenefridio ou unidade excretora que funciona assim: o líquido tecidual (o liquido colectado nos tecidos) do animal entra nas células-flama, provavelmente graças a corrente formada pelo batimento dos cílios dessas células. Em contacto com a célula-flama, esse líquido é filtrado. Iões e outras substancias importantes são conservados, enquanto o excesso de agua e as excretas nitrogenadas são eliminadas através do tubo excretor, chamado nefridioporo.
Como vivem em ambiente aquático ou extremamente húmido, as planarias eliminam a amónia como principal excreta nitrogenado.